Por Eric Silva
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Resenha
Um acidente acontece e uma
das naves terráqueas que se dirigia para mais uma das colônias humanas
espalhadas pelos rincões do universo, cai em um planeta completamente
desconhecido pela humanidade, um planeta inexplorado que reserva vários
segredos a serem revelados. Uma série de pessoas morreram no acidente e tantas
outras morrerão até que os sobreviventes conheçam e aprendam a sobreviver num
mundo completamente novo.
A chegada em Darkover de
Marion Zimmer Bradley é mais uma das incontáveis histórias de ficção científica
que povoam a literatura mundial. Fazendo parte da famosa e imensa saga do
planeta Darkover criada pela autora de As Brumas de Avalon. A chegada em Darkover
não foi o primeiro livro escrito para a série, mas aquele que conta como se deu
início a saga humana naquele mundo aparentemente hostil. Darkover é um planeta
regido por quatro luas e um grande sol vermelho, com seres completamente
desconhecidos e com um clima bastante adverso e que carrega com sigo fenômenos
bastante inquietantes como é o caso do "Vento Fantasma" que com suas
propriedades psico-neurológicas é capaz de levar a insanidade temporária um
número expressivo de pessoas fazendo com que estas percam toda a capacidade de
agir racionalidade e se entreguem aos desejos e sentimentos mais
inconfessáveis.
Nos deparamos neste livro com
uma humanidade intensamente cientifizada que buscará, alguns com mais
relutâncias, outros com mais naturalidade, se adaptar a um mundo novo onde eles
deverão construir uma nova sociedade a partir das possibilidades que o estranho
planeta oferece. Fugindo um tanto dos moldes hollywoodianos de ficção
cientifica, onde os grandes efeitos especiais e os instrumentos técnicos
extremamente avançados roubam acena e não nos deixam a tentar para a pobreza
literária da trama de fundo, A chegada em Darkover aposta no caminho contrário
permitindo com que questões existenciais, filosóficas, emocionais, religiosas e
culturais tomem conta da trama em muitos momentos. Assim a narrativa pode não
agradar aqueles leitores acostumados a ficção cientifica cheia de robôs, carros
voadores, exploradores do universo, seres alienígenas destruidores de
civilizações. Mas certamente agradará a outros leitores por ser algo que aponta
mais para a natureza humana, sem deixar, no entanto, de contar com os velhos mistérios
do que é desconhecido e, logo, assustador, mesmo que não tenha razão de o ser.
O livro apresenta uma leitura
fluída, e em alguns momentos muito rápida, exigindo do leitor atenção para não
sair de uma cena e entrar em outra sem nem se aperceber da transição da
narrativa. Particularmente me surpreendi com a rapidez com que terminei de ler,
talvez por se tratar de apenas 111 páginas (eu li uma versão digital que rola
na internet, mas algumas edições cadastradas no Skoob alcançam maior número de
páginas: Editora Y (2004) - 238 pg. Editora Imago (1989) - 172 pg. Editora
Círculo do Livro (1972) - 147 pg.). 111 páginas para alguém como eu que lê
dezenas de artigos científicos todos os meses é pouco. Ler uma centena de uma
narrativa bem construída é relativamente fácil e rápido, mesmo que o tempo para
ler também seja escasso.
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