Postagem: Eric Silva
Poeiras de
crepúsculos cinzentos,
Lindas rendas
velhinhas, em pedaços,
Prendem-se aos
meus cabelos, aos meus braços
Como brancos
fantasmas, sonolentos...
Monges soturnos
deslizando lentos,
Devagarinho, em misteriosos
passos...
Perde-se a luz
em lânguidos cansaços...
Ergue-se a minha
cruz dos desalentos!
Poeiras de
crepúsculos tristonhos,
Lembram-me o
fumo leve dos meus sonhos,
A névoa das
saudades que deixaste!
Hora em que o
teu olhar me deslumbrou...
Hora em que a
tua boca me beijou...
Hora em que fumo
e névoa te tornaste...
Sobre o autor

Poema
extraído da obra Livro de Soror Saudade,
publicado em 2013, pelo Projeto Adamastor que disponibiliza obras literárias em
portuguesas em domínio público.
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