Por Eric Silva para Wendy Mota
“Amigo que é
amigo lê os livros do outro só pra entender porque ele gostou tanto da
história”
(Autor
desconhecido)
Nota: todos os termos com números entre colchetes [1] possuem
uma nota de rodapé sempre no final da postagem, logo após as mídias, prévias,
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Diga-nos o que achou da
resenha nos comentários.
Está sem tempo para ler? Ouça a nossa resenha, basta clicar no play.
Décimo segundo livro da Campanha Anual de Literatura do
Conhecer Tudo, A Batalha do Apocalipse,
é um livro ousado e ambicioso que descreve praticamente uma epopeia moderna
sobre a luta entre o bem e o mal empreendida entre anjos, renegados e demônios.
Uma batalha que não apenas interfere no curso da história da humanidade como
pode determinar o seu futuro. Extensa e fruto de uma pesquisa profunda sobre
escritos bíblicos, apócrifos, históricos e mitológicos, essa é uma obra que não
apenas projetou o nome de seu autor como comprovou toda a capacidade criativa
de alguém que conseguiu reescrever a história humana e bíblica, confluindo
ambas para sua própria narrativa.
Confira a resenha do antepenúltimo livro da campanha que
neste ano homenageia a literatura do Brasil.
Sinopse
Com o findar do sexto dia,
Deus supostamente adormeceu e deixou toda a criação aos cuidados do Arcanjo
Miguel, o mais poderoso entre os anjos. Contudo ao longo de milhares de anos de
governo tirânico, Miguel tentou por diversas vezes dizimar a raça humana até
que um grupo de anjos guerreiros desafiou a tirania dos poderosos arcanjos,
levantando armas contra seus opressores. Após serem traídos e derrotados, os
renegados foram expulsos do céu e lançados à Terra onde passaram a vagar pelo
mundo até o dia do Juízo Final. Contudo, a proximidade do fim do sétimo dia e a
chegada do Apocalipse, o único renegado sobrevivente, Ablon, junta-se às suas
legiões na batalha final que decidirá o destino do mundo. Essa é a trama
principal do livro de estreia do autor carioca Eduardo Spohr e que desfia uma
trama densa e ambiciosa que vai desde a antiguidade até os dias atuais para
contar uma antiga história de luta do bem contra o mal.
Resenha
Já tem um tempo que venho prometendo ler esse livro, mas como
todo leitor sabe, a gente sempre tem uma lista interminável de livros para ler
e sempre aparece algum livro novo que fura a fila. No final é aquela coisa:
você nunca dá conta de tudo o que tem pra ler e alguns projetos vão sendo
adiados.
Contudo, A Batalha do
Apocalipse era um livro que eu não podia deixar de ler. Demorasse o tempo
que fosse, era um projeto que não podia ser adiado, porque já fazia um tempo
que um de meus alunos – um de meus amigos – insistia para que eu lesse esse que
é seu livro preferido.
Como não ler um livro diante de todo o entusiasmo de um leitor
apaixonado pelo seu livro predileto? Como não ceder diante de olhos que
brilhavam ao contar – mesmo que meio desajeitadamente – uma narrativa complexa,
difícil mesmo de sintetizar? Eu normalmente cedo, prometo que leio e demore o
tempo que for cumpro minha promessa.
Por muitas vezes coloquei esse livro na lista, mas, devido as
obrigações da vida e as demandas do Conhecer, eu nunca chegava a lê-lo. Até
que, no início desse ano, ele chegou com o livro na mochila, pôs sobre a mesa e
deu o ultimato: “Leia! Não importa quanto
tempo demore para devolver, mas leia!”. Alertei que demoraria realmente
para devolvê-lo, mas meu aluno não quis saber, porque só lhe importava que eu
conhecesse o livro que ele tanto gosta.
Hoje, estou aqui cumprindo a promessa que fiz. Colocando a
resenha desse livro no projeto mais
importante do meu blog, porque como diz a epígrafe que inicia essa resenha:
“amigo que é amigo lê os livros do outro
só pra entender porque ele gostou tanto da história”. E eu entendi o porquê.
Enredo
O arcanjo Miguel em pintura do artista barroco italiano Guido Reni (1636). Imagem: Wikimedia Commons. |
Nesse projeto arrojado, Spohr relata a história da Criação
através da trajetória e das aventuras do anjo renegado Ablon contra a tirania
do príncipe dos anjos, o Arcanjo Miguel, e da perseguição do irmão caído do
arcanjo, Lúcifer.
Após começar o sétimo dia da criação – que assim como os demais
perduraria por milênios –, Yahweh adormeceu deixando toda a sua obra aos
cuidados dos arcanjos, e, sobretudo, de Miguel. Ao príncipe dos anjos, o
Onipotente confiou o Livro da Vida, no qual era relatado toda a história do
sétimo dia, e a Roda do Tempo que marcava o continuar do sétimo dia, o
apocalipse e o retorno do Deus Único. Contudo, Miguel ao contrário de
dedicar-se a cumprir a promessa feita a seu Pai, instaura um governo despótico
e dedica todos os seus esforços a perseguir a humanidade e destruí-la. O
diluvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, e tantos outros desastres que se
abateram sobre os humanos eram, na verdade, arquitetados pelo príncipe e
executado pelos anjos de castas inferiores, porém sem sucesso em seu objetivo
de exterminar a espécie humana.
Insatisfeito com a tirania de Miguel, o querubim Ablon reuniu um
grupo de rebelados e buscaram o apoio do Arcanjo Lúcifer para pôr fim no
governo do arcanjo, contudo, o querubim e seus amigos foram traídos pela
Estrela da Manhã, renegados e lançados a Terra, aprisionados em corpos físicos
sem possibilidade de regressar. Após trair o movimento de Ablon, Lúcifer tenta
sua própria rebelião para tomar o trono do irmão, mas é expulso com seus
aliados para o Sheol onde se tornam uma horda de demônios.
É nesse ponto que começa a odisseia particular de Ablon. Vivendo
entre os mortais ele e seus amigos renegados vão sendo perseguidos tanto pelos
anjos de Miguel como pelos demônios de Lúcifer, até que só resta Ablon do grupo
de exilados.
Sozinho o querubim aprende a sobreviver deambulando pelo mundo,
escondendo sua identidade e lutando contra os inimigos que se interpunham em
seu caminho enquanto esperava o dia em que poderia vingar o assassinato de seus
companheiros renegados. Mas é tentando descobrir o paradeiro de Istha, uma de
suas últimas aliadas ainda viva, que Ablon conhece Shamira, a Feiticeira de
En-Dor. Daquele encontro nasce uma amizade que perdura por séculos, nos quais
Ablon vive dezenas de imensos perigos ora para tentar salvar Shamira de seus
desafetos, ora por conta das intrigas e disputas que envolviam o Céu, a Terra e
o Inferno.
Da China ao Brasil, da idade antiga aos tempos modernos, a
aventura do guerreiro querubim e da Feiticeira contra os demônios de Lúcifer e
os anjos fiéis a Miguel prossegue até o dia do Apocalipse, quando finalmente o
destino do mundo é decidido.
Ciência,
mitologia e religião para criar um livro épico
A literatura brasileira possui pouca tradição com o gênero
fantasia, mas nos últimos anos vários escritores vêm se empenhando para
construir a história do gênero em nossa literatura. São histórias de magos,
vampiros, épicos, anjos e demônios, uma multiplicidade de temas que abrem
espaço para um campo vasto e ainda pouco explorado no Brasil. Entre esses
autores está o carioca Eduardo Spohr.
A Batalha do Apocalipse marca a estreia de Spohr na literatura. Publicado pela primeira vez em 2007 pelo site Jovem Nerd, administrado pelos amigos do autor, Alexandre Otoni e Deive Pazos, o livro foi republicado pelo selo editorial criado pelo site dois anos depois, em decorrência ao sucesso alcançado, e publicado novamente em 2010 pela Verus Editora[1].
Trata-se de uma obra extensa
(585 páginas) composta por 18 grandes capítulos, um prólogo e um epílogo e que
por sua vez são divididos em três grandes partes: A Vingadora Sagrada, A Ira de Deus e Flagelo de Fogo. Mas se trata também de um livro de enredo denso
porque comprime muitas histórias e abarca diferentes épocas da história da
humanidade, recorrendo a flashbacks
para narrar os acontecimentos que levaram Ablon e Shamira ao campo da batalha
do Armagedom, aquela que marcava o fim do mundo.
A Batalha do
Apocalipse é um livro que mescla aventura, ação e fantasia, mas que
se observado atentamente poderia ser comparado a uma versão moderna das grandes epopeias contadas nos tempos
antigos, a exemplo da história de Gigalmesh e da Odisseia de Homero. Em todas
essas histórias o herói vive aventuras fantásticas e épicas, no qual arrisca
sua vida para alcançar um objetivo, enfrenta adversidades aparentemente
intransponíveis e está exposto aos humores de seres poderosos como os deuses.
Apesar de existir muitas histórias envolvendo anjos
na literatura internacional, como os livros de Alexandra Adornetto, Becca
Fitzpatrick e Lauren Kate, entretanto, a
ideia de Spohr não é só criativa como original e explora caminhos particulares
e, em muitos pontos, divergentes aos seguidos pelas autoras citadas. Ainda
que o componente romance não seja eliminado de sua narrativa, a proposta de A Batalha do Apocalipse é muito mais
complexa e ambiciosa, porque o autor propõe uma confluência entre passagens
bíblicas, mitologia de diferentes povos e ciência.
Nessa que é a mais ousada das obras do autor, Spohr
praticamente reescreve toda a bíblia ao recriar os bastidores dos fatos ali
narrados e também desnudando a origem do homem confluindo teoria religiosa e
científica. Trata-se de uma
interpretação alternativa dos textos sagrados abrindo espaço para um
sincretismo tão verossímil que assusta:
1.
O sétimo dia
ainda perdura, porque na verdade o tempo para Deus e para os homens passam de
forma diferente e, logo, o que o livro sagrado chama de dias seria uma metáfora
para períodos de milhares de anos;
2.
Como o sétimo
dia não acabou, Deus supostamente ainda dorme;
3. Ao longo de milhares de anos foram os anjos que
interferiram na Terra: o dilúvio, Sodoma, Gomorra, Babel, Moisés, os
mandamentos, os profetas, o messias, todos foram obra do ódio de uns e da
interferência de outros numa luta entre aqueles que queriam proteger a
humanidade e os que queriam destruí-la;
4. A criação comporta muitos mundos e muitos deuses
menores. Esses nasciam da força da fé pagã que alimentava de poder o espírito
de antigos guerreiros e heróis mortos, mas que, por séculos, foram cultuados
pelos seus povos de origem. Daí se explicaria tantos mitos e crenças;
Contudo, na minha opinião, uma das passagens mais
criativas do autor está quando, às margens do rio Tigre, na Mesopotâmia, Ablon
explica a Shamira a origem do homem e o trabalho de Deus nos dias da criação:
"Ao meio-dia, Shamira recolheu-se à praia, e Ablon
lançou a rede de pesca à torrente, onde o fluxo descia em queda. Estavam no
paraíso, realmente, uma visão delirante e fértil, cercada de vida e beleza, um
sítio agradável na vastidão deserto.
— Os sacerdotes em Canaã nos ensinavam que os homens
surgiram do barro — começou a feiticeira, rateando a terra molhada. — Quando
criança, eu ficava pensando se as escrituras estavam corretas.
— O barro é metafórico — explicou o general. — Ele
representa a carne, a matéria física, a substância palpável do universo
concreto. O ser humano é parte de uma escala evolutiva que se iniciou no mar,
no quarto dia, e que deu início ao nascimento de várias espécies.
— Mas você disse que os terrenos foram criados por
Deus.
—A força de Deus sempre esteve presente na evolução.
Ela é a energia essencial que move o curso do infinito e o engrandecimento das
coisas. Os clérigos costumam comparar o trabalho de Yahweh com o labor da gente
comum, para que possam compreendê-lo. Mas o ofício de um marceneiro ou de um
pescador não se equipara à potência divina. A criação movimentou energias
supremas, misteriosas e invisíveis.
— Então, os documentos sagrados nada mais são do que
velhas parábolas?
—As parábolas não são desprezíveis, mas representam o
ápice da comunicação humana. Assim, cabe ao indivíduo interpretá-las. Não há
nada mais adequado a uma raça dotada de livre vontade, aberta a encontrar as
próprias respostas. As escrituras estão cheias de símbolos que ajudam os homens
a entender o significado do cosmo. Mas a verdade perfeita só existe na mente de
cada um.
— E quem foram os nossos ancestrais, antes do
surgimento de Adão?
— Uma espécie de hominídeos que habitava a escuridão
das cavernas. Os anjos os desprezavam na época, até que eles alcançaram o cimo
da evolução, e Deus os concedeu uma alma, instigando o ciúme dos perversos
arcanjos. É por isso que muitos celestiais invejosos preferem se referir aos
mortais como bonecos de barro, ou primatas, uma alusão à sua origem material."
O autor. Eduardo Spohr é carioca e atua como jornalista, escritor, professor, blogueiro e podcaster |
Contudo, é nítido que por
tratar de um tema delicado e que envolve profundamente o dogmatismo,
especialmente, das religiões cristãs, esse não é o tipo de enredo que agradará
a todos, mas apenas àqueles que souberem separa fé de ficção e liberdade
criativa. Por isso é surpreendente que
em um autor em seus primeiros anos de carreira literária tenha tido a coragem
de lançar uma obra capaz de levantar polêmica. Certamente outros autores
esperariam uma certa maturidade e ter cativado seu público antes de se lançar
em uma empresa tão ambiciosa e ousada.
Principais
personagens
Representação artística dos principais personagens de A Batalha do Apocalipse. Artista desconhecido. |
Shamira é uma mulher que busca ser forte para apoiar Ablon e
dentro da trama ela se torna a principal aliada do anjo renegado. Feiticeira
muito poderosa, ela descobre uma maneira de prolongar sua vida e juventude por
dezenas de séculos e segue dando apoio a Ablon em quase todas as suas
aventuras, auxiliando com suas magias e conhecimentos sobre portais, invocações
e runas mágicas de proteção. Por conta dessa proximidade, ela pouco a pouco vai
se tornando o possível par romântico do protagonista, ainda que ela respeite
profundamente a condição angelical do rapaz.
Miguel é o principal antagonista na escala hierárquica, mas
perde em muitos outros quesitos para o insuperável Apollyon, o personagem mais
detestável da trama. Além disso, o Príncipe dos Anjos é o vilão que menos
aparece na narrativa, tendo participação mais ativa na reta final da história.
Entretanto, em todas as suas aparições Miguel é revestido de uma prepotência e
altivez que faz jus ao seu papel de tirano. Ao contrário do irmão, o ardiloso
Lúcifer possui presença mais frequente na história e é também seu personagem
mais enigmático, porém, é representado como um líder entediado sempre às voltas
com questões políticas em seus domínios.
Representação do demônio Apollyon no livro O Peregrino de John Bunyan. Imagem: Wikimedia Commons. |
Por fim, Ablon é o típico
herói de espada e armadura que é guiado por valores inabaláveis e pelos quais
morreria. O anjo caído possui um senso de justiça muito grande e é movido pela
vingança sobretudo contra Apollyon que sempre foi seu rival e posteriormente se
tornou um de seus principais inimigos. É um personagem destemido e poderoso,
mas não invencível.
Por muitas vezes Spohr expõe
as fraquezas do anjo renegado e o coloca em situações que, sem a ajuda de
outras pessoas, ele não sobreviveria. Ainda que eu não tenha me identificado
com o personagem reconheço que é justamente pela sua vulnerabilidade que ele se
torna um personagem rico. Mesmo sendo moralmente inabalável e seus poderes não
o são, e na sua jornada pela Terra ele encontrou desafios que sozinho não seria
capaz de transpor.
Contudo não é pelos seus
personagens que o livro se torna interessante, mas pela história em si, por
todo o intricado universo criado e sustentado pelo autor. Não achei os personagens cativantes nem me apeguei a nenhum deles.
Eles não invocar em mim o carinho e o amor que tenho por personagens como
Daniel Sempere, de A Sombra do Vento, ou Arnau Estanyol, de A Catedral do Mar, ou ainda pelo pequeno Harold Stonecross, de O Andarilho das Sombras. Mas, ainda
assim, reconheço que são personagens com vidas incríveis e feitos fabulosos.
Por outro lado, foi o enredo quem me cativou com suas
interligações entre história real, mitológica e bíblica, os cenários e
períodos, suas reviravoltas, as possibilidades de ir e vir por tantos cenários.
Com A Batalha do Apocalipse pude reviver
as sensações provocadas por livros como Aventuras do Vampiro de
Palmares, A Casa do Céu, O Caçador e O Elixir da Longa Vida, que assim como ele são povoados de cenários e lugares
reais e fictícios de tirar o fôlego, que mexem com a sua imaginação e
proporcionam quase uma volta ao redor do mundo.
Conclusão
A Batalha do Apocalipse é um livro de linguagem acessível, além de ser bastante didático.
Como assim?
É nítido que o livro foi
escrito para um público amplo que vai do adolescente, passando pelo adulto
jovem e até o adulto mais velho e interessado pelos gêneros de aventura, épicos
e de fantasia (como eu, por exemplo). Mas uma obra que abarca tantas faixas
etárias costuma pecar no quesito adequação da linguagem. Normalmente esses
livros comportam uma escrita que é adequada a um dos extremos, mas se torna
complexa (rebuscada) demais ou “ingênua” demais para o outro. Spohr conseguiu
alcançar o meio termo. Com uma escrita
culta o suficiente para prender os leitores mais exigentes como eu, mas
acessível o bastante para não cansar ou desestimular o público mais jovem, ou
de vocabulário menos expansivo.
Além disso, digo que ele é
didático, no sentido que o livro explica o necessário para garantir a
compreensão de fatos históricos e bíblicos, de épocas e de lugares que são
usados como base da narrativa, sem por outro lado tornar-se cansativo.
Aprendemos pouco a pouco tudo
o que é necessário para compreender o universo alternativo criado por Spohr sem
que isso se torne um compêndio de História, história bíblica ou de Geografia. O
autor ainda teve o cuidado de criar um glossário para facilitar a nossa
compreensão de cada elemento da narrativa.
O livro fala um pouco de cada
lugar, de cada época e recria a história bíblica encaixando nela as teorias
darwinianas e explicações alternativas para grandes passagens do antigo e do
novo testamento, mas nada disso é feito de uma vez ou toma um espaço excessivo
na narrativa. É feito em pequenas doses, somente onde é necessário explicar
algo para garantir a verossimilhança do enredo e não deixar confuso o leitor.
O desfecho é no mínimo
surpreendente e revela alguns segredos que espantam o leitor. No entanto, o
final do último capítulo e o prólogo do livro não acompanham o ritmo de todo o
desfecho e deixam em aberto a narrativa. O finalzinho do livro não deixa muito
claro como toda a trama se rearranja após a saída escolhida pelo autor para
encerrar a narrativa. Por outro lado, Spohr dá continuidade ao universo por ele
criado em uma trilogia intitulada Filhos
do Éden, mas não sei honestamente se os livros que se seguem lançam luz
sobre o rearranjo feito pelo autor.
Serie que dá prosseguimento ao universo de A Batalha do Apocalipse |
A edição lida é da Editora
Verus, do ano de 2014 e possui 586 páginas. Abaixo você pode conferir uma
prévia do livro disponível no Google Books.
Prévia do Google Books
Prévia do Google Books
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Eu amo livros assim, com pesquisa de campo, estudos folclóricos... escrevo assim e gosto ler quem também faz isso! Esse livro vai para a minha fila de leitura.
ResponderExcluirTambém gosto muito Fernando, porque é uma fonte a mais de conhecimento. Sou ávido por conhecimento, não é atoa que o blog tem um nome tão ambicioso: "Conhecer Tudo".
ExcluirObrigado pelo comentário.